Consciência é a capacidade de vivenciar a realidade, de estar atento aos mundos exterior e interior. É a capacidade de pensar e agir além de nossos impulsos e condicionamentos instintivos. É o fundamento de bom ou mau comportamento, dos impulsos positivos ou negativos.

Um indivíduo consciente percebe melhor o que está no entorno, entende a situação, visualiza um maior número de possibilidades para atingir o objetivo, avalia as razões para decidir, enfrenta as circunstâncias e persegue as metas definidas, de forma coerente com valores para o seu bem e o bem comum.

No livro Conscious Business, Fredy Kofman enuncia sete qualidades como fundamentos para definir as pessoas conscientes. As três primeiras são atributos de caráter: responsabilidade, integridade e humildade. Outras três são habilidades interpessoais: comunicação autêntica, negociação construtiva e coordenação eficaz. A sétima é pré-requisito para todas: competência emocional.

O mundo precisa de líderes e cidadãos com alto nível de consciência. Em crises, como a que vivenciamos, a sociedade precisa confiar que seus representantes nos poderes executivo, legislativo e judiciário, nas instâncias federal, estadual e municipal, dialoguem coletivamente em busca de soluções, e nos comuniquem os fatos, orientações, decisões em única voz.Lamentavelmente não é isso que estamos constatando.

A postura arrogante e defensiva causa estragos. Conduz à manipulação de informações, esconde erros e fraudes, as causas dos problemas não são solucionadas. As interações se tornam paranóicas.Esse tipo de relação implica em enfrentamento; e o sistema cai numa paralisia depressiva, que faz com que os erros aumentem e se intensifiquem. Resultado: faz-se necessário realizar esforços ainda maiores para ocultar tais erros, segundo Chris Argyris, ex-professor da Universidade de Harvard. Esse processo leva o líder a ter impulsos emocionais e “pôr a língua em movimento antes de pôr o cérebro em funcionamento”. Para dominar as emoções, é preciso entender as causas e analisar os pensamentos, de modo a separar as informações úteis das neuroses.

Fundamentalmente, as lideranças devem se preocupar com o bem-estar da sociedade. Opiniões são essenciais para a tomada de decisão, principalmente quando há esclarecimento do ponto de vista. Compreender que a racionalidade de cada pessoa é limitada, as crenças são hipóteses e outras perspectivas são complementares. Considerar as consequências de suas ações sobre os outros. Postura eleitoreira é inaceitável e a sociedade deve repudiar.

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