Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, dos pontos de vista cognitivo e afetivo. É uma habilidade chave da vida em sociedade e ainda mais relevante para participar de um mundo globalizado e em constante mudança. A empatia tem um papel fundamental na criação de novas ideias e na transformação da realidade. É uma habilidade essencial para compreender os problemas em várias perspectivas e poder colaborar para resolvê-los.
Ser empático quer dizer ter a capacidade de ouvir as ideias dos outros e articular as próprias; liderar uma equipe num dia e participar como membro da mesma equipe no outro. A empatia demanda a habilidade em conhecer os próprios sentimentos, valores e ideias e perceber os do outro, considerando as consequências de suas ações sobre os outros.
Numa relação empática ocorre um aprendizado mútuo, fundamentada no modelo desenvolvido por Chris Argyris, professor emérito da Harvard University, que considera os pressupostos: a minha racionalidade é limitada, meu ponto de vista é sempre parcial, minhas crenças são apenas hipóteses, outras perspectivas são complementares, outras pessoas podem ver coisas que eu não vejo e poderão fornecer informações adicionais que aprimorarão a minha avaliação.
A empatia nos ajuda a viver melhor em sociedade, a trabalhar melhor em equipe e a valorizar as contribuições de cada indivíduo. Quando apreciamos as motivações, os medos, os pontos fortes e as fraquezas dos outros, podemos atuar em conjunto para resolver os problemas que nos afetam. A empatia deve ser cultivada na família, no ambiente escolar, no trabalho, no trânsito, numa fila, no mercado, enfim, nas nossas relações.
A cultura familiar favorece ou não a empatia. A criança pode ter empatia ou desprezo por alguém, dependendo dos valores apreendidos em casa. Ela também pode ter desenvolvido preconceitos que inibem a empatia. No ambiente escolar, é fundamental que o professor desenvolva a sabedoria de ver o aluno holisticamente para potencializar o seu aprendizado. Essa relação deve ser alegre, afetiva, atenciosa, cuidadosa, ou seja, conter ingredientes essenciais para uma relação empática.
É importante também que as organizações sejam empáticas. Numa empresa, as pessoas com essa mentalidade tendem a ver oportunidades de modo mais eficaz do que os concorrentes. Os profissionais empáticos compreendem as consequências de suas ações para o negócio e, assim, tomam as melhores decisões. A empatia é um bem intangível e pré-requisito para a tolerância; é essencial para o crescimento pessoal e organizacional, para a estruturação de uma comunidade afinada e para a boa prática da democracia.
